quarta-feira, 23 de abril de 2008
Pesquisa no site da ANVISA
Brasília, 29 de março de 2005 - 16h10
Anvisa intensifica controle à Doença de Chagas
Em decorrência do grave surto de Doença de Chagas Aguda ocorrido no estado de Santa Catarina a partir da suspeita de transmissão por caldo de cana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informa que está acompanhando os trabalhos de investigação desenvolvidos pelo órgão de vigilância sanitária estadual, visando a avaliar a situação e a propor medidas de controle de âmbito nacional:
1. A Gerência-Geral de Sangue, Outros Tecidos, Células e Órgãos – GGSTO/Anvisa e a Coordenação da Política Nacional de Sangue e Hemoderivados - DAE/SAS/Ministério da Saúde, objetivando o controle de risco de contaminação através de transfusão sangüínea, considera:
- A relevância da transmissão sanguínea desse agravo;
- O espectro do quadro clínico que pode variar desde formas inaparentes a quadros com manifestações graves;
- O período de latência para a detecção de anticorpos que pode ser de até 60 dias;
- A possibilidade de visitantes de outros municípios e/ou estados terem sido expostos à fonte de infecção; e
- A necessidade de adotar medidas de prevenção e controle no âmbito dos serviços de hemoterapia;
2. A Anvisa e o Ministério da Saúde alertam e recomendam aos órgãos de Vigilância Sanitária estaduais e municipais e aos Serviços de Hemoterapia de sua área de abrangência, particularmente os que realizam coleta de sangue, para que incluam no procedimento de triagem clínica:
- A identificação de candidatos com histórico de consumo de caldo de cana na área de possível contaminação do produto, no estado de Santa Catarina, no período considerado para exposição (01/02 a 23/03/2005), considerando-os inaptos para doação;
- Encaminhamento dos indivíduos sob suspeita de contaminação aos serviços de referência para avaliação clínica e laboratorial.
- Notificação dos casos suspeitos ao órgão de Vigilância Epidemiológica local.
3. Considerando a gravidade da doença e a alta letalidade apresentada, os serviços de vigilância sanitária dos estados e dos municípios deverão, em caráter emergencial, avaliar, dentro de sua área de atuação, os eventuais riscos e propor as medidas necessárias;
- Essas medidas devem, no mínimo, contemplar os seguintes aspectos:
- Caso não sejam atendidas as condições acima especificadas devem ser adotadas, de forma cautelar, a suspensão do processamento e a comercialização do caldo de cana;
- As boas práticas para serviços de alimentação – determinadas pela Resolução - RDC nº 216/2004 serão exigidas dos estabelecimentos passíveis de fiscalização e inspeção;
– Verificar se, no local, existe a prática de processamento (extração) e consumo de caldo de cana;
– Avaliar as condições higiênicas desse processamento, em especial, a limpeza e o enxágüe da cana de açúcar com água limpa;
– Verificar a presença de tela que impeça a entrada de insetos no local de processamento;
4. A Anvisa, em conjunto com a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Serviço Brasileiro de Apoio a Micro e Pequena Empresas (Sebrae), dará suporte técnico-financeiro para atender as adequações necessárias e garantir a produção e comercialização do caldo de cana em condições higiênico-sanitárias satisfatórias.
Maiores informações sobre o surto de Doenças de Chagas: http://www.saude.sc.gov.br
Nota Técnica - Doença de Chagas Aguda relacionada à ingestão de caldo de cana em Santa Catarina (PDF)
As Informações são da Agência Saúde
Assessoria de Imprensa da Anvisa
Referências Bibliográficas:
http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2005/290305.htm
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Fichamento
Referência bibliográfica:
quarta-feira, 2 de abril de 2008
Filtro da Cochrane BVS
Fiz uma pesquisa sobre a Doença de Chagas (Chagas disease) na Cochrane BVS e o resultados foram:
Nos Resumos de Revisões Sistemáticas em Português (1):
(chagas and disease) - 1 encontrado(s)
Resumos de Revisões Sistemáticas traduzidos ao Português (1)
-
Drogas tripanocidas para infecção assintomática crônica por Trypanosoma cruzi (Revisão Cochrane)
E, na The Cochrane Library (122) :
(chagas and disease) - 122 encontrado(s)
Revisões Sistemáticas da Cochrane (6)
Resumos de revisões sistemáticas com qualidade avaliada (0 de )
Registro Cochrane de Ensaios Controlados (CENTRAL/CCTR) (106)
Base de Dados Cochrane de Revisões de Metodologia (0)
Registro Cochrane de Metodologia (2)
Sobre a Colaboração Cochrane (2)
Resumos do INAHTA e de outras agências de Avaliação de Tecnologias em Saúde (1)
Avaliações Econômicas da NHS (5)
quarta-feira, 26 de março de 2008
quarta-feira, 5 de março de 2008
Doença de Chagas
Definição: E uma doença transmissível, causado por um parasito do gênero Trypanosoma e transmitida principalmente através do "barbeiro". É conhecido também por: chupança, chupão, fincão, bicudo, procotó,etc.
Agente causador: É um protozoário denominado Trypanosoma cruzi. No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas: no inseto transmissor, vive no tubo digestivo.
Transmissor: O "barbeiro", é um inseto da sub-família Triatominae que se alimenta exclusivamente de vertebrados homeotérmicos, sendo chamados hematófagos.A principal espécie propagadora da Doença de Chagas no Estado de São Paulo, foi o Triatoma infestans, hoje eliminado do nosso meio. Persistem ainda as espécies de menor importância como Panstrongylus megistus e o Triatoma sordida amplamente distribuídos. Geralmente, abrigam-se em locais muito próximo à fonte de alimento e podem ser encontrados na mata, escondidos em ninhos de pássaros, toca de animais, casca de tronco de árvore, montes de lenha e embaixo de pedras. Nas casas escondem-se nas frestas, buracos das paredes, nas camas, colchões e baús, além de serem encontrados em galinheiro, chiqueiro, paiol, curral e depósitos.
Ciclo evolutivo
Ovo: A fêmea copula uma só vez e transcorridos cerca de 20 a 30 dias começa a postura. Cada fêmea ovipõe cerca de 200 ovos. A eclosão dos ovos, varia conforme a temperatura ambiente e a espécie, ocorrendo em média um período de 25 dias. Logo após a postura, os ovos são brancos, porém em contato com o ar vão amarelando e depois de 6 a 7 dias tornam-se róseos na medida em que se aproxima o momento da eclosão. Ninfas: Dos ovos eclodidos, nascem as ninfas. Procuram alimento de 2 ou 3 dias depois de nascidos e após sua primeira refeição a ninfa sofrerá mudanças em seu corpo, com a perda de sua pele. O "barbeiro" passa ao todo por 5 mudas até atingir o estádio adulto. Adultos: Um adulto vive alguns meses, podendo alcançar um ano ou mais. As fêmeas efetuam a primeira postura com cerca de 2 meses. Após a postura, tendem a migrar e formar novas colônias. O ciclo de vida dura em média de 1 a 2 anos.
Modo de transmissão: O "barbeiro", em qualquer estágio do seu ciclo de vida, ao picar uma pessoa ou animal com tripanossomo, suga juntamente com o sangue formas de T.cruzi, tornando-se um " barbeiro" infectado. Os tripanossomos se multiplicam no intestino do "barbeiro", sendo eliminados através das fezes. A transmissão se dá pelas fezes que o "barbeiro"deposita sobre a pele da pessoa, enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O T.cruzi contido nas fezes do "barbeiro" pode penetrar no organismo humano, também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele. Podemos ter ainda, outros mecanismos de transmissão através de: transfusão de sangue, caso o doador seja portador da doença; transmissão congênita da mãe chagásica, para o filho via placenta; manipulação de caça( ingestão de carne contaminada) e acidentalmente em laboratórios.
Período de incubação: Oscila entre 4 e 10 dias, quando a transmissão são pelos triatomíneos, sendo geralmente assintomáticos. Nos casos de transmissão transfusional, pode alongar-se entre 20 ou mais dias.
Quadro clínico: Os sinais iniciais da doença se produzem no próprio local, onde se deu a contaminação pelas fezes do inseto. Estes sinais, surgem mais ou menos de 4 a 6 dias, após o contato do "barbeiro "com a sua vítima. Os sintomas variam de acordo com a fase da doença, que pode ser classificada em aguda e crônica.
Fase aguda: Febre, mal estar, falta de apetite, edemas localizados na pálpebra (sinal de Romanã) ou em outras partes do corpo (chagoma de inoculação), infartamento de gânglios, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte. Frequentemente, nesta fase, não há qualquer manifestação clínica da doença, podendo passar desapercebida.
Fase crônica: Nesta fase, muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores do T.cruzi . Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, salientando-se o coração e o aparelho digestivo.
Diagnóstico: O diagnóstico, compreende o exame clínico e laboratorial (pesquisa do parasito no sangue), na fase aguda e exame clínico, sorológico, eletrocardiograma e raio X, na fase crônica. Nos dois casos, deve-se levar em consideração a investigaçãop epidemiológica.
Tratamento: As drogas hoje disponíveis, são eficázes, apenas na fase inicial da enfermidade, daí a importância da descoberta precoce da doença.
Vacinação: Ainda, não se dispõe de vacina para uso imediato.
Medidas profiláticas: Baseiam-se principalmente em medidas de controle ao "barbeiro", impedindo a sua proliferação nas moradias e em seus arredores. Além de medidas específicas ( inquéritos sorológicos , entomológicos e desinsetização), as atividades de educação em saúde , devem estar inseridas em todas as ações de controle, bem como, as medidas a serem tomadas pela população local, tais como:
melhorar habitação, através de reboco e tamponamento de rachaduras e frestas;
usar telagem em portas e janelas;
impedir a permanência de animais , como cão, o gato, macaco e outros no interior da casa;
evitar montes de lenhas, telhas ou outros entulhos no interior e arredores da casa;
construir galinheiro, paiol, tulha, chiqueiro , depósito afastados das casas e mantê-los limpos;
retirar ninhos de pássaros dos beirais das casas;
manter limpeza periódica nas casas e em seus arredores;
difundir junto aos amigos, parentes , vizinhos, os conhecimentos básicos sobre a doença, vetor e sobre as medidas preventivas;
encaminhar os insetos suspeitos de serem "barbeiros", para o serviço de saúde mais próximo.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Decs
Descritor Espanhol: Enfermedad de Chagas
Descritor Português: Doença de Chagas
Sinônimos Português: Tripanossomose Sul-Americana
Categoria: C03.752.700.500.935.200
SP4.001.012.148.149
Definição Português: Infecção com protozoário parasita TRYPANOSOMA CRUZI, uma forma de TRYPANOSSOMOSE endêmica nas Américas Central e do Sul. Foi denominada pelo médico brasileiro Carlos Chagas, que descobriu o parasita. A infecção pelo parasita (somente com resultado sorológico positivo) se diferencia das manifestações clínicas que se desenvolvem após alguns anos, como destruição dos GÂNGLIOS PARASSIMPÁTICOS, CARDIOMIOPATIA CHAGÁSICA e disfunção do ESOFÂGO ou CÓLON.
Nota de Indexação Português: infecção por protozoário causada por TRYPANOSOMA CRUZI, por isso não coord com TRYPANOSOMA CRUZI para recuperar tripanossomose de Cruz; veja MIOCARDIOPATIA CHAGÁSICA
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Doença de Chagas: O que é?
Referência bibliográfica: Claudia Antonia Ussui, Rubens Antonio da Silva (2001). Doença de Chagas,